Quero deixar-me ir, quero entregar-me aos instintos, satisfazer a fome de sexo.
Quero satisfazer a gula pelos seus lábios, pelo sabor da sua língua, pelo sal da sua pele.
Quero satisfazer o meu olfato e cheirá-lo antes do sexo e cheirá-lo durante o sexo
E cheirá-lo depois do sexo e já suado.
Sinto saudades desse cheiro, que é só dele e que mais ninguém tem.
Quero satisfazer os meus olhos, observar a sua robustez física,
A definição dos seus músculos delineados, os seus olhos esverdeados,
Invadir essa floresta, que de tão terna, só pode ser um reduto amazônico ainda por descobrir
E encontrar a sua alma, a chama responsável por ele estar ali,
Quando podia estar em qualquer outro lugar, com qualquer outra pessoa.
Quero satisfazer o meu tato, a minha pele e sentir o toque forte das suas mãos,
A força dos seus bíceps, tríceps, quadriceps, abdominais, glúteos,
Sentir o calor da sua pele, sentir a aspereza da sua barba por fazer,
A suavidade acetinada do seu alter-ego, de sentir a doce dor da penetração,
Que depressa se transforma em puro prazer.
Quero satisfazer a minha audição, ouvir a sua voz grave segredando promessas,
Vomitando elogios ocos, quero ouvir os seus gemidos, o seu arfar,
Quero ouvir os seus pensamentos, quero ouvir o bater do seu coração.