quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

SUGA-ME MUITO!!!!

Suga-me muitoooo!


Deixe meu grilo ainda mais gostoso
Abuse deste meu gozo
tome minha gala de prazer...

deixe sua língua verter
o sumo mais louco de mim...

Hummm!
Estou a esporrear
Quero em teu corpo trepar
Tirar o melhor de nós
Delícias , urros e gozares !

Estou a extasiar
Sua boca sugando está ...

Este jeito gostoso
De mais uma vez hummmm!
Meu leite beber .

Sua vara eu comi

MEU BURAQUINHO VOCÊ DEVOROU...



terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PAJILLA ANIMADA... - EM FANTASIASDEHOMBRES.BLOGSPOT.COM/


ESPERO QUE LA ACTUALIZACION DE HOY OS HAYA CALENTADO LO SUFICIENTE. YA RECUPERARE LAS ENTRADAS DE LA PASADA OLA DE FRIO QUE ESTAN GUARDADAS SIN COLGAR, YA QUE ME PILLE UN ENORME CONSTIPAO Y NO PUDE TERMINARLAS A TIEMPO, SEGURO QUE AUN NOS QUEDA ALGO DE NIEVE Y FRIO, AUNQUE ESPERO QUE NO SEA TANTA. QUE TENGAIS UNAS BUENAS Y ANIMADAS PAJILLAS ESTOS DIAS Y PROMETO VOLVER PRONTO ESTA VEZ. MUCHOS BESOS Y MUCHAS GRACIAS, AMIGOS.



Publicado por slipillo en 12:47 PM

AQUELLA VEZ... - EM FANTASIASDEHOMBRE.BLOGSPOT.COM

QUE PILLASTE A TU COMPAÑERO DE PISO, HERMANO U OTRO FAMILIAR O AMIGO PELANDOSELA COMO UN LOCO EN EL BAÑO DE TU CASA PENSANDO QUE ESTABA SOLO Y POR LO TANTO SIN NINGUN TIPO DE PUDOR NI DE OCULTAMIENTO. ¿TE HA OCURRIDO ALGO ASI? ¿HAS SIDO TU EL SORPRENDIDO EN ESTA SITUACION? ¿COMO OCURRIO EL ASUNTO Y QUE PASO DESPUES...? CUENTANOS TU TESTIMONIO EN COMMENTS.



- AHORA QUE ESTOY SOLITO ME VOY A HACER UN PAJOTE DE ESOS QUE QUITAN EL HIPO...
Publicado por slipillo en 9:19 AM

AQUILO QUE VOCÊ É...- EM FANTASIASDEHOMBRES.BLOGSPOT.COM

...APROVECHAN QUE LA PUERTA DEL BAÑO DE SU CASA O DE LA HABITACION DEL COMPI DE PISO O HERMANO O ETCS VARIOS... ESTA ABIERTA O MEDIO ABIERTA PARA ESPIAR LO QUE OCURRE DENTRO Y ASI PODER VER ESCENAS COMO LA QUE ILUSTRA LA FOTO? ¿TIENES UN PLANNING DE LOS MOVIMIENTOS MASTURBATORIOS Y/O SEXUALES DE LOS QUE TE RODEAN SEA CUAL SEA SU RELACION CONTIGO PARA PODER ESPIARLES CUANDO ESTAN EN LAS ANDADAS O SIMPLEMENTE DESNUDO? ¿ERES UN MIRON SIN REMEDIO? ¡CONFIESALO EN COMMENTS!




TRAS LA PUERTA DEL BAÑO ESTA MI COMPAÑERO CASCANDOSELA BAJO LA DUCHA COMO TODAS LAS MAÑANAS.
Publicado por slipillo en 9:25 AM

A altura do pilladas... - em fantasiasdehombres.blogspot.com


EL COLMO DE UNA DE ESTAS PILLADAS (PLANEADAS O NO) ES EL QUE REPRESENTA MUY BIEN LA FOTO: ESE MOMENTO EN QUE UNO PILLA AL TIPICO COMPAÑERO DE PISO O HERMANO SUPERMACHITO Y SUPERHETERITO CON LAS MANOS EN LA MASA Y ADEMAS DE TENER ALGO ENTRE MANOS TAMBIEN LO TIENE ENTRE LOS LABIOS. VAMOS QUE DIRIA TIERRA TRAGAME SI NO ESTUVIERA TRAGANDOSE UN POLLON Y PUDIESE DECIR ALGO SI NO TUVIESE LA BOCA OCUPADA. ESA PUERTA SIN CERRAR, ESE MOMENTO SUPERCOMPROMETIDO PARA UN MACHOTE NOMINAL PERO NO EN SUS ACTOS NI EN SU VERDADERO MODO DE SENTIR O QUERER VIVIR (OSEA SE, TODA LA GRAN MAYORIA DE MACHOS-MACHOTES-MACHITOS, QUE SOMOS TODOS, LOS MARICAS SOMOS TODOS Y CADA VEZ MAS, LOS QUE HACEN Y SUEÑAN CON HACER... BUENO NI MACHOS NI MARICONES... SINO PERSONAS CON INQUIETUDES SEXUALES HACIA OTRAS PERSONAS CON LA MISMA GENITALIDAD O EL MISMO GENERO IMPUESTO POR LA SOCIEDAD Y SUS COJONES). ¿HABEIS SIDO VOSOTROS LOS SORPRENDIDOS? ¿QUE OCURRIO EN ESTA SITUACION? CONTADNOS VUESTROS "TESTIMOÑOS" EN COMMENTS, SI OS SALE DEL MOÑO, CLARO...

-NO... ESTO NO ES LO QUE PARECE... A MI AMIGO LE HA PICADO UNA AVISPA EN EL GLANDE Y ESTOY ESTRAYENDOLE EL VENENO. ¡QUE TE DIGO QUE NO ES LO QUE PARECE, COÑO!... ESTO BLANCO Y PEGAJOSO QUE ME RESBALA POR LAS COMISURAS NO ES LEFA DE MI AMIGO...ES.... ESTO... VENENO DE AVISPA...-TRANQUILO, AMIGUITO, NO TIENES QUE DAR EXPLICACIONES... EN TODOS SITIOS CUECEN HABAS Y SE COMEN POLLAS... HASTA EN LAS MEJORES FAMILIAS... MIRA, YO VENGO DE LA CALLE Y ME HA PICADO UN ABEJORRO, MIRA QUE GRANDE Y MORADO TRAIGO EL CAPULLO Y LAS VENAS DE LA POLLA ESTAN HINCHANDOSE JUSTO AHORA... ¿ME PUEDES SACAR EL VENENO A MI TAMBIEN?
Publicado por slipillo en
9:33 AM.

sábado, 24 de janeiro de 2009

LEMBRANÇAS DESFEITAS - CINTIA TOMÉ, SÃO PAULO-SP,04/12/2007,06:57


LEMBRANÇAS DESFEITAS


Pedaço velho cansado

Rachaduras na alma

Descascada derme, ranhuras decadentes

Perfila imagens das escórias que pertenço

Morada empoeirada, sujas vidraças

Com olhos foscos nublados

Onde os sonhos são passageiras nuvens

Deixando-me apenas charco e gelada carne

Neste outono que perco

Mais algumas folhas grudadas nas paredes

Não as tenho para agarrar e pedir socorro

Comer de suas raízes um tanto mais

Recorro ao passado

Mas sou eu apenas que sobrevivo

E não posso tirar a limpo essa estória

Remover camadas, caiar em cores pardas

A peste do tempo já não tem tanta memória

Das lindas serenatas, dos amores seresteiros

Abro-me, pois meu cadeado pede

Carinho do vento na face

Mesmo que venha violento e quebre o cristal

Não posso fechar-me, pois estou às vistas

Sem eira, sem beira, tri eiras

Caído beiral

Lembranças desfeitas saltaram de mim

Racho sozinha, sem pouso dos pássaros

Neste outono enfastiado

Nesta cor morta, pálida, trigueira

Que da massa, do pão já não cresce

Murcha, fria, fatigada e fatiada

Nem meus fantasmas voam para deliciarem-se

Farelos fadados de vida

E sem sal


Cintia Thomé.



POSTADO NO WWW.OVERMUNDO.COM.BR.

EU PRECISO DIZER ADEUS - CINTIA TOMÉ, SÃO PAULO-SP,23/01/2009,20:15.


Eu preciso dizer Adeus
Às paredes que grafitam poesia

Do dia-a-dia das guias, das agonias

Do asfalto frio que não me vê

Na esquina da solidão

Da Consolação, cão faminto

Tão sozinho


Eu preciso dizer Adeus

À fumaça das fábricas, dos carros

No proibido das faixas neon

Ao lixo, aos escarros

Aos trincados telhados

Ao quartel, ao cartel, patrulha

Aos negros gatos


Eu preciso dizer Adeus

Aos prédios espelhados

Reflexos de mim, tempo molhado

À garoa da minha fé retrô

Nos trilhos, no metrô, à Praça da Sé

Aos ambulantes e andantes sem café,

Pedantes, arrogantes elegantes


Eu preciso dizer Adeus

A toda gente que aqui não tem lugar

Ao parque que eu também corria

Que há poeira nas flores, no ar

No descanso no Ibirapuera

Beijos no Arouche, carinho fugaz

Carrinho de mão, verdura e limão

Velho moço, velha lata, idoso

Na casa papelão, na escadaria

À gritaria, aos fumantes. Droga!

Às Catedrais, ais.

Escadas rolantes, finos barbantes


Eu preciso dizer Adeus

À minha amiga Paulista

Que tem pista e sombra que zomba

Nos spots e placas oportunistas

Dos trapezistas e alpinistas

Nas pernas de pau e sale

Preço da fantasia, álcool e gasolina

Do tostão, da creolina, fedentina, das Carolinas

Que perdi o passe e não vejo qualquer estação

Ao portão do não que arromba

Ao pedinte que ronda. Rapadura!


Eu preciso dizer Adeus

Ao gelado da contramão

Do 13 ou 23 de maios já vãos

No sinal entoando vermelha paixão

Sem ensaios, desmaios

Do palhaço, do cordel, do cantador

Sem outdoor encantador


Eu preciso dizer Adeus

Aos réus, às vitimas, aos fariseus,

Às chuvas de março e aos ipês no breu

Jacarandás de aço como eu

No barranco, furados pneus

Aos cartões picotados e afanados


Eu preciso dizer Adeus

Aos pastéis, ao arroz e feijão sem vaidade

Baião de dois, de mil mornos e sem gás

À bandeira que agita a cidade

Tremula no rubro e negro de mim

Trémula... Trémula...

Nos carretéis dos andaimes

Nos motéis perfume


Eu preciso dizer Adeus

À arquitetura, às abandonadas esculturas

À arte sem cor, só dor demolição

À loucura da meia-noite no corredor

Nos pontos de açoite e chorinho

À candura do menino vadio

Que vazio chora baixinho

No meio fio, no meio fio

Marginal, das marginais


Eu preciso dizer Adeus

Aos filhos meus e teus

Estou por um fio de lamento

Sem tua mão quente

Nas valas, nos rios, nas veias

Da realidade da cidade

Do meu coração já doente


Eu preciso dizer Adeus

Às cabeças, aos monumentos

Neste Imperial momento

Sem querer ter documento

Ser especial, espacial

Na nave de um Cometa

A me levar

À sorte, ao norte, ou morte

E na janela sem nada dizer...

a Deus...a Deus...

Que tudo é normal.


Eu preciso dizer Adeus

Adeus...



POSTADO NO WWW.OVERMUNDO.COM.BR.

MARIANNE - WAGNER MIRANDA,EM WWW.OVERMUNDO.COM.BR


Marianne


Pilulas,

Antidepressivos

Ela quer perder o controle,

vencer o juízo


Amor,

Ontem tão doce

Improvável de acontecer

Hoje, algo que infelizmente tende a crescer


E ela tenta se desvencilhar da dor

De qualquer maneira

“Sou como Virginia Woolf", devaneia

Mas o tudo o que vejo é nada, o nada

E um rosto solitário


Dança,

Como uma pequena criança

Radiante, até que a noite se faça distante

Às vezes ela sabe causar furor,

Definitivamente, sua arte é causar furor


E em seus sonhos, tem o poder de amar

Os maiores poetas de todos os tempos

seus amores, autores de todos os livros

aos quais pôde se dedicar


Mas na vida real,

Só pode ter ao seu lado

um pobre garoto,

mais um belo rosto desolado


Para com ela se embriagar em uma espelunca

Até que a noite a consuma

Até que a noite a consuma

Até que a noite


Amar de novo?


Mas como, se agora ela só acredita em amor materno?

Ou talvez naqueles descritos em livros

Mas nem os livros são eternos


Ela não acredita mais em coisas assim

Por isso se afoga

Em mares e mares que chora

Um sem fim


Pois não há

Mais tempo para ficar

debruçada na janela, à espera

de um Anjo bom e gentil


Violada para sempre,

inocência pueril

Para lhe salvar a vida, de vez

Marianne, o que foi que você fez?


POSTADO POR WAGNER MIRANDA - JANDIRA(SP), 14/11/2007, 01:34.

A desbundada poesia erótico-mística de Waldo Motta.

WALDO MOTTA
Era 1994, eu tinha dezessete anos, havia acabado de entrar pra faculdade e começava a freqüentar o meio cultural capixaba. Naquele tempo, a Fafi era o “point intelectual” de Vitória e Waldo Motta ainda grafava seu nome como “Valdo Motta”, mas eu nunca tinha ouvido falar dele antes. Em algum daqueles happy hours culturais, bastante comuns nos saudosos anos 90, alguns poetas locais realizaram um recital no anfiteatro da Fafi, por ocasião do encerramento de uma oficina que o Chacal tinha realizado na cidade poucos dias antes. Um deles, baixinho, magrinho e com cara de poucos amigos, pegou o microfone, e se apresentou: “Meu nome é Edi-valdo Motta. Edi, pra quem não sabe, em gíria gay, significa”... e lá foi ele explicar pra platéia que edi era um singelo sinônimo para o impronunciável e familiar orifício anal.


Na mesa em que eu estava, todo mundo já alto por conta de horas de bebedeira, não teve um que não caiu na gargalhada. Aí ele começou: “No cu/ de Exu/ a luz.” Risinhos por toda a platéia. “Pronto, a bicha endoidou!”, foi o que eu pensei. Ainda mais depois que ele encarnou o pastor evangélico, para entoar um texto de nome “Encantamento”: “Ó Deus serpentecostal/ que habitai os montes gêmeos,/ e fizestes do meu cu/ o trono do vosso reino,/ santo, santo, santo espírito/ que, em amor, nos forjais,/ felai-me com vossas línguas,/ atiçai-me o vosso fogo,/ daí-me as graças do gozo/ das delícias que guardais/ no paraíso do corpo”.


E aí o risinho do começo da apresentação foi se tornando cada vez mais amarelo. E todo mundo foi percebendo que o negócio ali era seríssimo. “A poesia é a minha /sacrossanta escritura,/ cruzada evangélica/ que deflagro deste púlpito./ Só ela me salvará da guela do abismo./ Já não digo como ponte/ que me religue/ a algum distante céu,/ mas como pinguela mesmo,/ elo entre alheios eus”, dizia um poema de nome “Religião”. Pronto. Antes do recital terminar, eu já havia me tornado admirador incondicional do cara. Meses depois, matriculei-me numa de suas oficinas literárias. Foi uma das melhores coisas que fiz na vida. Das Oficinas Poiesis, ainda iriam surgir alguns dos nomes mais barulhentos da geração de poetas capixabas nos anos 90 e 00, mas isso já é outra história.


Até porque a história que quero contar aqui é a de Waldo Motta (nascido em 1959 na cidadezinha de Boa Esperança, situada no norte do Espírito Santo), cuja poesia situa-se no cruzamento entre o homoerotismo e uma leitura das Sagradas Escrituras, de uma maneira tão revolucionária e estarrecedora que proporcionou ao escritor muito mais barulho que qualquer poeta local fez no cenário nacional. E isso sem precisar de sair da ilha para poder ter algum reconhecimento nacional (condição que, infelizmente, ainda hoje é meio que regra para quem quer tentar uma carreira iniciada nas capitais fora do eixo hegemônico deste país).


E é Waldo que nos apresenta sua tão peculiar visão do cruzamento entre sagrado e erotismo na poesia, como podemos confirmar no prefácio de sua coletânea Transpaixão, publicada em 1999:


“Mas a doutrina que prego não é invenção, é uma descoberta: acredito piamente que encontrei a palavra perdida, secreta, impronunciável, e que nada me impede de anunciá-la, e nem a ninguém, apesar de Borges e do Imperador Amarelo. (...) Fodam-se todos: o sagrado é o sacro, e o grande segredo é que em nosso rabo está o Santo dos santos, o Céu dos céus. Por conseguinte, a solução de todos os problemas. E o povo brasileiro, com seus 200 e tantos sinônimos de bunda, parece intuir esta verdade maior."


Isso já dá uma boa idéia do que o leitor pode esperar de cada um dos livros de Waldo. Ele afirma ser a sua poesia um “drama espiritual”, uma reflexão existencial, fruto de um processo de auto-conhecimento e maturidade. Essa trajetória se inicia em 1981, ainda no norte do Espírito Santo, com a publicação de quatro livros em tiragens independente, de poesia desbocada, recheada de gírias e episódios afrontosa e assumidamente gays, em franca consonância com o escracho da poesia marginal setentista — esses trabalhos seriam reunidos na coletânea Eis o homem, publicada pela FCAA/Ufes em 1987, numa espécie de balanço dessa primeira fase da carreira.


Poiezen, publicado pela Massao Ohno três anos depois, já aponta uma série de reflexões metapoéticas que, junto a Waw (palavra hebraica que significa ponte, travessia), marcariam uma transição para a epifania erótico-mística de Bundo, livro de 1995 que revelou Waldo (na época ainda grafado com “V”) no cenário nacional. A publicação de Bundo e outros poemas (reunindo os então inéditos Waw e Bundo), pela Editora da Unicamp, em 1996, logo atraiu os olhares de diversos figurões das letras brasileiras para a irreverência solene do poeta capixaba.


Isso é o que podemos comprovar neste depoimento Waldo, que transcrevo da gravação que fiz de sua recente participação numa mesa-redonda sobre poesia, realizada em Vitória, no Centro Cultural Up:


“Sempre fui considerado um poeta indecente, obsceno. Isto porque eu sempre misturei baixo calão com alto calão. Palavras difíceis, eruditas com palavras sujas, enlameadas, gosmentas. E não só por esta mistura de registros, também pela temática. Eu sempre me assumi como homossexual, não é uma palavra da qual eu goste, mas não tenho outra. E sempre fui muito místico. Logo, nas minhas pesquisas, estudos, aquilo que para muita gente não tem nada a ver eu descobri que tem muito a ver. Sexualidade com religião.. O mais chocante de tudo é que nas minhas pesquisas quanto mais eu procuro Deus, o sagrado, eu sempre acabo chegando aos 'países baixos', a uma geografia muito interessante do corpo humano. (...) Desde o início da história humana, existem tabus. E o que eu descobri nas minhas pesquisas e que reflete na minha poesia, é que a sexualidade é tanto a perdição quanto a salvação da humanidade”.


Apesar de recusar o rótulo de “autor gay” que a então dominante tendência dos “estudos culturais” tentou lhe conceder na década de 90, Waldo foi tema de artigos, resenhas e textos diversos de Iumna Simon, João Silvério Trevisan, Célia Pedrosa, José Celso Martinez Corrêa e Ítalo Moriconi, entre outros. Sem contar que foi incluído pela Heloísa Buarque de Holanda na antologia Esses poetas (1998), que reunia a nata da geração 90 da poesia brasileira.


Waldo ainda participou de programas como o Writer-in-residence, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, além da bolsa concedida pelo Departamento de Cultura de Munique, em 2001, que lhe permitiu concluir o poema anagramático Recanto, que se tornou sua mais recente publicação, em 2002.


E qual seria a receita para a poesia de Waldo? Para ele, a poesia tem que fazer jus à origem do termo (do grego poiesis) — descoberta, invenção, criação de realidades através do verbo: “Mas também descoberta de realidades e mundos ignorados, outras Américas e terras prometidas”, complementa, explicando que, para obter tais resultados, ele faz uso de recursos pouco usuais como interpretação de sonhos, numerologia, cabala, anagrama, estudos etimológicos de línguas como o hebraico, o yorubá e o tupi-guarani, além, é claro, dos textos sagrados oriundos de diversas tradições místico-religiosas. A isso, Waldo dá o nome de “método paraclético”, um método apocalíptico, escatológico, que pretende discutir exatamente o “fim das coisas”. Afinal, poesia, para ele é também vaticínio, profecia, sendo o poeta, dessa forma, a “antena da raça” de que tanto falava Ezra Pound.


Além de Pound, Waldo também me faz lembrar um outro nome fundamental do século XX: Jean Genet. Não só pela proximidade com uma certa marginalidade, mas também por uma opção extremamente sincera por viver de literatura (e Waldo leva isso tão ao pé da letra, ao ponto de residir, até o final da década de 90, num minúsculo porão no centro de Vitória, rodeado de livros e escritos, exatamente o período em que sua literatura mais freqüentou os cadernos culturais dos principais jornais de circulação nacional). No prefácio de Bundo, Waldo escreve:


“Minha poesia é uma síntese de meu projeto de vida, uma aventura em busca da Verdade, intuída como a ciência da restauração da condição divina (...). Não quero apenas escrever, mas também ser o que escrevo. Daí o entusiasmo e o tom solene, porque é algo sério; daí o caráter pregacional, mesmo que o meu discurso esteja ainda em construção.”


É ainda nesse texto que ele afirma propor em Bundo o cruzamento entre o “amor que não diz seu nome” e o “nome impronunciável” ou “palavra secreta”, tão presente nos textos esotéricos e freqüentemente associada à poesia. Uma mistura explosiva, não? “Eu quero ser lido, entendido, debatido, assimilado, apedrejado, amado, babado, beijado por todo mundo. Mas não posso negar que sou perverso, perversejador. Eu sou perigo, sou um grande problema. Porque sou muito radical em tudo que faço. Arte, poesia é uma questão para mim de vida e morte”, afirma o escritor.

Para Waldo, a salvação não deixa de ser “uma senda erótica”, como comprovam versos como os do poema “As brincadeiras sérias”: “Só pode amar quem moeu/ seu eu na amorosa mó,/ e desse pó renasceu”. Convenhamos: afirmar isso, numa época em que boa parte da literatura brasileira tem tão pouco a dizer, já é mais do que suficiente para iniciar um grande debate, não acham?



Postado por ERLY VIEIRA JR- VITÓRIA-ES,02/11/2006, 15:20.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Prisão e multa de duas meninas violentas



Aurélie, uma lésbica de 26 anos,

foi condenada a três meses de prisão e nove meses,

com alívio imediato nesta manhã,

sexta-feira 16 de Janeiro,

pelo tribunal criminal de Nantes.

Afigura-se a violência em uma reunião pública.

Sua namorada, Mary, processada pelos mesmos fatos foi relaxada,

mas foi multada em 200 €.

Terça-feira, 13 de janeiro, pouco antes de 22h,

as duas jovens mulheres sem abrigo, sob a influência de álcool,

atiraram uma lata de cerveja num homem que,

na sua opinião , proferiu insultos por ver beijo gay em uma linha de bonde.

A vítima, ferido no olho, continua sob observação no hospital.

Um passageiro, que conhecia a vítima, mas também Aurélie,

tentou intervir, recebeu um duro golpe no pescoço,

mas não quis trazer uma ação civil.

Na audiência, o procurador solicitou dois anos na prisão,

incluindo um período de Aurélie,

18 e 12 meses para Mary.

Mas ela não aceita insultos homofóbicos

pela vítima como uma circunstância atenuante.

O advogado de defesa, empenhado na função,

"também senti que aquilo que tinha desencadeado esta violência homofóbica".

Em suma, o caso permanece obscuro ...


Foto: DR.


Copyright tetu.com por Nicolas Hery


Info 2009/01/16

Para Jean-Luc Romero, a exclusão dos homossexuais de doar sangue é "discriminatório"

Jean-Luc Romero, presidente do Eleito Local Contre le Sida

(ELCS),disse que é "discriminatória" a exclusão

dos homossexuais de doar sangue,

mantido por um decreto

do Ministério da Saúde para ser publicado

nos próximos dias.

Ele acredita que a exclusão de doação

de sangue gay é discriminatório,

desproporcional para garantir a segurança

e perigoso num momento em que o sangue é escasso ",

segundo um comunicado.

"Esta proibição, mesmo que o ministro não feche a porta a futuros desenvolvimentos,

é uma decisão discriminatória, como já reconheceu a Comissão Nacional de Ética

em junho de 2002 e Halde, em Fevereiro de 2006", diz Romero .

Ele também sugeriu a proibição "realmente perigosa"

quando o sangue "carentes de cuidados de saúde francês."

Esta medida é "totalmente desproporcional em relação à segurança

de que ninguém contesta a importância e que é fornecido

pelos modernos métodos de recolha e armazenamento de sangue", acrescentou.

O despacho que irá estender o limite de idade para doação

de sangue por até 70 anos, em vez de 65,

mas mantém a exclusão de gays doando sangue.

Ser um "homem que tenha um relacionamento com um homem"

permanece uma das indicações contra permanente dom.


Foto: DR.


Copyright tetu.com


pelo Diário / AFP Notícias de 15 de Janeiro de 2009

Protestos contra a condenação de nove homossexuais no Senegal



O Conselho Nacional da AIDS solicitou ao governo francês

para "reagir", após a condenação de nove homossexuais

empenhados na luta contra a SIDA em Dakar Senegal,

enquanto que Jean-François Delfraissy, diretor da ANRS,

manifestou "preocupação" e seu "desalento".

Em uma declaração quinta-feira, o Conselho Nacional SIDA (NAC),

"que aconselha o governo ", denunciou a decisão das autoridades

judiciais senegalesas" quem " violar gravemente

os direitos fundamentais do povo,

é prejudicial para a saúde pública e um desastroso

sinal político em todo o continente Africano. "

"Discriminação e, neste caso, a criminalização de qualquer grupo de indivíduos

contribui para o desenvolvimento da epidemia, tornando estes grupos

mais vulneráveis em suas condições degradantes,

dificultando o acesso ao informação, prevenção e serviços de saúde ", diz o NSC.

Para o Conselho, o governo senegalês tinha "compromissos"

na Conferência Internacional de AIDS em Dakar em dezembro que

"o atual caso parece negar."

Ele pediu que o governo francês intervenha "oficialmente"

com o governo senegalês para obter a anulação

dessas condenações e incentivados "a empenhar resolutamente

numa reforma da legislação penal para revogar qualquer disposição

de discriminação baseada no orientação sexual.

" Professor Delfraissy em nome da Agência Nacional

para a Pesquisa sobre Aids e hepatites virais,

disse ele estar "profundamente entristecido" pelo "declínio"

das autoridades senegalesas desde o Dakar conferência,

onde um prêmio foi entregue pela Primeira Dama do Senegal

a uma equipe de cientistas africanos trabalhando sobre homossexualidade.

"Ao inibir o direito à liberdade sexual, castigo dificulta os esforços,

incluindo a investigação, para melhorar a prevenção e saúde pública",

ele escreveu em uma carta ao coordenador da ANRS local no Senegal,

Dr. Ibra N'Doye.

Ele pediu Saúde às autoridades de saude do seu país,

pois o estado é "preocupante" e seu "desalento".


Copyright tetu.com


pelo Diário / AFP Notícias de 15 de Janeiro de 2009

ONU LAMENTA A CONDENAÇÃO DE NOVE GAYS NO SENEGAL.


O Programa das Nações Unidas sobre a SIDA (ONUSIDA)

Quinta-feira lamentou a pena de oito anos de prisão

pelo tribunal de nove senegaleses homossexuais,

afirmando que a homofobia não iria travar a epidemia de AIDS no país.


"Não há lugar para a homofobia. Acesso à prevenção do HIV,

tratamento, cuidados e apoio tem de ser garantida

a quem necessitar dela no Senegal ",

disse o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.


"Isso só será possível se estes nove homens forem liberados

e se forem tomadas medidas para restabelecer

a confiança com as comunidades afetadas",

disse o chefe da agência das Nações Unidas

encarregado da luta contra a SIDA.

Uma coligação das embaixadas da França e da Suécia

trabalha sobre a libertação de nove homens ",

disse ONUSIDA.


Copyright tetu.com


pelo Diário / AFP Notícias de 15 de Janeiro de 2009.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

MUDE - EDSON MARQUES.


"Mude,

mas comece devagar,

porque a direção é mais importante

que a velocidade.

"Sente-se em outra cadeira,

no outro lado da mesa.

Mais tarde, mude de mesa.

"Quando sair,

procure andar pelo outro lado da rua.

Depois, mude de caminho,

ande por outras ruas, calmamente,

observando com atenção

os lugares por onde você passa.

"Tome outros ônibus.

Mude por uns tempos o estilo das roupas.

Dê os seus sapatos velhos.

Procure andar descalço alguns dias.

"Tire uma tarde inteira

para passear livremente na praia,

ou no parque,

e ouvir o canto dos passarinhos.

"Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas

e portas com a mão esquerda.

"Durma no outro lado da cama...

depois, procure dormir em outras camas.

"Assista a outros programas de tv,

compre outros jornais...leia outros livros,

Viva outros romances.

"Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.

Durma mais tarde.

Durma mais cedo.

"Aprenda uma palavra nova por dia

numa outra língua.

Corrija a postura.

Coma um pouco menos,

escolha comidas diferentes,novos temperos,

novas cores,novas delícias.

"Tente o novo todo dia.

O novo lado,o novo método,o novo sabor,

o novo jeito,o novo prazer,

o novo amor,a nova vida.

"Tente.

"Busque novos amigos.

Tente novos amores.

"Faça novas relações.

"Almoce em outros locais,

vá a outros restaurantes,

tome outro tipo de bebida

compre pão em outra padaria.

Almoce mais cedo,

jante mais tarde ou vice-versa.

"Escolha outro mercado...

outra marca de sabonete,

outro creme dental...

tome banho em novos horários.

"Use canetas de outras cores.

Vá passear em outros lugares.

Ame muito,cada vez mais,

de modos diferentes.

"Troque de bolsa,de carteira,

de malas,troque de carro,

compre novos óculos,

escreva outras poesias.

"Jogue os velhos relógios,

quebre delicadamente

esses horrorosos despertadores.

"Abra conta em outro banco.

Vá a outros cinemas,outros cabeleireiros,

outros teatros,visite novos museus.

"Mude.
"Lembre-se de que a Vida é uma só.

E pense seriamente em arrumar um outro

emprego,uma nova ocupação,um trabalho mais light,

mais prazeroso,mais digno,mais humano.

"Se você não encontrar razões

para ser livre,invente-as.

Seja criativo.

"E aproveite para fazer uma viagem

despretensiosa,longa,

se possível sem destino.

"Experimente coisas novas.

Troque novamente.

Mude, de novo.

Experimente outra vez.

"Você certamente conhecerá coisas melhore

se coisas piores do que as já conhecidas,

mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança,

o movimento,o dinamismo,a energia.

Só o que está morto não muda!

"Repito por pura alegria de viver:

a salvação é pelo risco,

sem o qual a vida

Só o que está morto não muda!

"'Repito por pura alegria de viver:

a salvação é pelo risco,

sem o qual a vida não vale a pena."


Poeta, formado em Filosofia pela USP, Edson Marques foi vencedor do Prêmio Cervantes/Ibéria em 1993. Sócio-fundador da Ordem Nacional dos Escritores, ele se diz "um socialista romântico".


* POST PUBLICADO POR RUBENS OLIVEIRA NO BLOG: asetimavisao.blogspot.com