Marianne
Pilulas,
Antidepressivos
Ela quer perder o controle,
vencer o juízo
Amor,
Ontem tão doce
Improvável de acontecer
Hoje, algo que infelizmente tende a crescer
E ela tenta se desvencilhar da dor
De qualquer maneira
“Sou como Virginia Woolf", devaneia
Mas o tudo o que vejo é nada, o nada
E um rosto solitário
Dança,
Como uma pequena criança
Radiante, até que a noite se faça distante
Às vezes ela sabe causar furor,
Definitivamente, sua arte é causar furor
E em seus sonhos, tem o poder de amar
Os maiores poetas de todos os tempos
seus amores, autores de todos os livros
aos quais pôde se dedicar
Mas na vida real,
Só pode ter ao seu lado
um pobre garoto,
mais um belo rosto desolado
Para com ela se embriagar em uma espelunca
Até que a noite a consuma
Até que a noite a consuma
Até que a noite
Amar de novo?
Mas como, se agora ela só acredita em amor materno?
Ou talvez naqueles descritos em livros
Mas nem os livros são eternos
Ela não acredita mais em coisas assim
Por isso se afoga
Em mares e mares que chora
Um sem fim
Pois não há
Mais tempo para ficar
debruçada na janela, à espera
de um Anjo bom e gentil
Violada para sempre,
inocência pueril
Para lhe salvar a vida, de vez
Marianne, o que foi que você fez?
POSTADO POR WAGNER MIRANDA - JANDIRA(SP), 14/11/2007, 01:34.
Nenhum comentário:
Postar um comentário